sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Conheça um pouco do mundo editorial


Você quer conhecer um pouco sobre o mundo do mercado editorial? Veja alguns vídeos sobre o tema. Os recebi de William C. Cruz do blog Esboços e Rascunhos e Ensaios

Que tal começar pelo assunto que interessa a todos os compradores de livros: o preço. No Brasil, o preço do livro é justo? Como o preço final é calculado? Apesar do vídeo abaixo se referir ao mercado de obras, ditas, seculares; a mesma linha se aplica ao mercado religioso. 


Em seguida, Luciana Villas Boas, ex-Editora da Editora Record, aborda as seguintes questões: Por que a literatura brasileira não faz sucesso no exterior? - como a dos nossos vizinhos latinos americanos. O Agente Literário: uma profissão famosa no exterior, mas desconhecida dos brasileiros. Quando os interesses de vendas e marketing afetam a qualidade literária.


Depois, o trabalho da tradução de livros no Brasil é abordado. Aqui, dá para perceber a complexidade das traduções da Bíblia, embora o vídeo fale das obras seculares.


A questão dos escritores fantasmas é bem interessante. Você sabia que há indústrias de escritores anônimos que escrevem para pessoas famosas e até mesmo "escritores" famosos? Ah! Como há! Em todas as esferas, desde a religiosa até a política.


E, finalmente, como é o processo de impressão e de acabamento do livro?


Os vídeos estão em ordem mencionada acima. Então, assista e conheça um pouco do mundo editorial.

Paz e Bem!



(O preço do livro)




(Luciana Villas-Boas)


(Tradutores)


(Escritores Fantasmas)


(Como fazer livros?)



quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

ESTUDO PARA PROFESSORES DA ESCOLA DOMINICAL/REVISTA CPAD: UMA JORNADA DE FÉ - 1º TRI 2014

LIÇÃO 3
AS PRAGAS DIVINAS E AS PROPOSTAS ARDILOSAS DE FARAÓ



Aula elaborada para o estudo de professores de Escola Dominical das Assembleias de Deus: Ministério São João de Meriti. Presidida pelo pastor Edgar dos Santos Amorim.


INTRODUÇÃO 
A presente lição tem o objetivo de estudar as dez pragas do Egito e as propostas que Faraó fez a Moisés com o objetivo de demovê-lo da ideia de libertar os judeus da escravidão egípcia. Por isso, nesta oportunidade vamos Analisar as pragas deferidas contra Faraó e as propostas do imperador do Egito; Saber o quanto o inimigo das nossas almas persiste contra o povo de Deus; Discutir a última proposta de Faraó.

1. ESBOÇO DA LIÇÃO
A presente lição está esboçada assim:

INTRODUÇÃO
I. AS PRAGAS ENVIADAS E A PRIMEIRA PROPOSTA DE FARAÓ
1. Pragas atingem o Egito (Êx 7.19―12.33)
2. A primeira proposta (Êx 8.25)
II. FARAÓ NÃO DESISTE
1. A segunda proposta de Faraó (Êx 8.28)
2. A terceira proposta de Faraó (Êx 10.7)
III. A PROPOSTA FINAL DE FARAÓ
1. A situação caótica do Egito
2. A quarta e última proposta
CONCLUSÃO

2. ANALISANDO O ASSUNTO
2.1. As dez pragas, isto é, praga por praga:

  1. 7.14-25: água em sangue.
  2. 8:1-15: infestação das rãs.
  3. 8.16-19: insetos (ou piolhos).
  4. 8.20-32: infestação das moscas (com os hebreus sendo poupados [8.22]).
  5. 9.1-7: peste sobre o gado (com os hebreus sendo poupados [9.4,6]).
  6. 9.8-12: úlceras sobre homens e animais.
  7. 9.13-35: saraiva, trovões e raios (com exceção da área destinada aos hebreus [9.26]).
  8. 10.1-20: infestação de gafanhotos.
  9. 10.21-29: três dias de densas trevas.
  10. 11.1―12.36: morte dos primogênitos, tanto do povo como do gado (com exceção dos hebreus, caso se preparassem de forma correta [12.7,13]).[i]

2.2. Qual o propósito das pragas descritas nos capítulos 7 a 12 de Êxodo?     
      a) O Êxodo é o primeiro livro onde Deus se revela a um povo.
           b) A ideia não é de vingança, mas a de Deus se dar a conhecer para Faraó.
       c) Não apenas a Faraó, mas também ao povo de Israel. Ambos devem conhecer o Deus verdadeiro num contexto de Politeísmo – Adoração a vários deuses.
2.3. A função das pragas está relacionada às palavras de Faraó:[ii] “Mas ele disse: Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir Israel” (5.2); A Bíblia Jerusalém diz: “Respondeu Faraó: Quem é Iahweh para que ouça a sua voz e deixe Israel partir? Não conheço Iahweh, e tampouco deixarei Israel partir. (os termos conhecer/saber podem ser encontrados em 6.7 [Israel]; 7.5; 7.17 [Faraó]; 8.10; 8.22; 9.14; 9.29; 10.2; 11.7; 14.4; 14.18).
2.4. Deus endureceu o coração de Faraó (4.21; 7.3; 7.14; 7.22; 8.19; etc...). Faraó teve por algum tempo controle sobe as suas escolhas (até a quinta praga - 7.22; 8.15; 8.19; 8.32; 9.7). Até a quinta praga o Senhor tenta sensibilizar Faraó para fazê-lo o conhecer e libertar o povo da escravidão. Mas a partir da sexta praga a expressão “Porém o Senhor endureceu o coração de Faraó” (10.20) revela Deus entregando Faraó a própria obstinação (cf. Rm 1.24,25). Sobre essa questão afirma o Dr. Walther Eichrodt: “O mais notável, entretanto, é que isso jamais conduziu a um determinismo absoluto, isentando o homem da responsabilidade por seus atos”.[iii] . A soberania divina interage com o livre-arbítrio humano, como afirma o rabino e filósofo inglês Jonathan Sacks, acerca das Escrituras: “arrependimento, oração e caridade revogam qualquer decreto”.[iv] Mas Faraó não se arrependeu!
2.5. As Propostas de Faraó. As propostas de Faraó para Moisés e as negociações para não libertar o povo hebreu envolvia a religião apesar de ela está na fase embrionária e a família. Ele tentou molestar Moisés nestas duas áreas.
a) A primeira proposta (8.25). Sacrifício no próprio Egito. Não no deserto (7.16).
b) A segunda proposta (8.28). Pode sacrificar: mas não pode se afastar do Egito.
c) A terceira proposta (10.7,10). Apenas os homens poderiam sacrificar. Não seria o encontro do povo com Deus. Mas apenas de alguns.
d) A quarta proposta (10.24). Ir sem os elementos para o sacrifício. Sem nada custar.

3. APLICAÇÃO
3.1. Deus quer ser conhecido pelo seu povo. Jesus de Nazaré é a mais perfeita revelação do Pai: “Quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14.8); “Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse” (Cl 1.19). Conheça mais a Jesus!
3.2. Deus não busca vingança, violência; mas usa os elementos naturais para revelar ao Homem a verdade de que há um único e verdadeiro Deus (cf. Rm 1.18-32).
3.3. Ele espera que o Homem se arrependa dos seus pecados e reconheça-o como o Senhor da vida. E não olhe mais para trás (1 Co 5.17-19; Fp 3.13-15).
3.4. Resista os ardis do Inimigo através do sistema organizado do mundo moderno que se volta contra o amor Deus. Encha a sua mente e coração do Evangelho!
3.5. Tenha a disposição em adorar a Deus em Espírito e Verdade para além da vida religiosa, mas para a vida real e vivida no mundo (Rm 12.1; 1 Co 10.31).

CONCLUSÃO
O evento das pragas do Egito e as propostas de Faraó a Moisés nos revelam um Deus amoroso que trabalha pelo bem daqueles que encontram-se oprimidos, escravos e vítimas das mais absurdas injustiças. Deus ouve o clamor do injustiçado. E levanta pessoas com coração consternado, dispostas a defendê-lo e libertá-lo.


Marcelo de Oliveira e Oliveira é redator do Setor de Educação Cristã da Editora CPAD.
E-mail: marcelo.oliveira@cpad.com.br        




[i] HAMILTON, Vitor P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.181.
[ii] HAMILTON, 2006, p.179,80.
[iii] EICHRODT apud. HAMILTON, p.188.
[iv] Entrevista. Veja, São Paulo, 15 jan. 2014. p.18.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Sobre a lista de Senadores divulgada pelo pastor Silas Malafaia a respeito do apensamento do PLC 122

Como cristão quero deixar claro que sou contra o aborto e o homossexualismo (mas respeito profundamente a pessoa sob a condição da homossexualidade), assim como também contra a corrupção, a manipulação eleitoral, a mentira, a ambição e a ganância do poder temporal. Igualmente, pecados contra o Criador e o Próximo.  

Há muito, converso com os mais próximos sobre o erro de elegermos um assunto como se fosse o mais importante de uma nação em tempos eleitorais. O Brasil, país de extensão continental e de estrutura política e econômica complexa, não pode ser discutido sob apenas um prisma ideológico. Mas algumas lideranças religiosas insistem priorizar o tema já nocauteado, o PLC 122. A partir de então, julgam-se no direito de determinar o voto evangélico apenas olhando a realidade sob o prisma do "valor moral evangélico" atual. Mas não entendo um valor que não tem o pudor de colocar a presidenta da república contra a parede, dando-lhe um xeque-mate: ou você suspende o Kit Gay das escolas ou votaremos a favor da CPI do Palocci - este foi o comportamento da Bancada Evangélica (veja aqui e aqui). Então, o homossexualismo é pecado, mas a corrupção não?

Em seu último programa, o pastor Silas Malafaia divulgou a lista dos senadores que votaram a favor e contra ao apensamento do PLC 122 ao projeto de reforma do novo código penal - PLS 236/2012 (para acessar a lista completa clique aqui). Mas devemos ressaltar que não se pode dizer que quem votou a "favor" ou "contra" ao apensamento, é de fato, a favor ou contra ao PLC 122. A proposta do apensamento é discutir o conceito de homofobia nessa reforma do código penal. Ou seja, quem conhece o cotidiano de uma discussão de projeto de lei no Congresso Nacional sabe que a verdadeira "guerra" sobre o tema ainda está por vir. O lobby naquela casa de leis é intenso e estressante. Não é para amadores.

O que me espanta é o tom eleitoral do senhor Silas Malafaia que adianta em aproximadamente 1 ano as eleições nacionais e estaduais. Sua aproximação com o Senador Lindberg Farias do PT do Rio de Janeiro demonstra a intenção de apoiá-lo na sucessão estadual - sabe-se que ele é brigado com ex-governador Anthony Garotinho desde a eleição de 2010, apoiar o vice-governador Pezão não convém, pois ele patina nas pesquisas e o Marcelo Crivela, muito menos, é sobrinho do Edir Macedo. Isto explica o destaque dado ao senador Lindberg no programa deste sábado.

Mais espantoso ainda é rotular figuras como as de Pedro Simon (PMDB/RS), Paulo Paim (PT/RS) e outros que têm uma história ilibada de serviço público prestado e, classificá-las, como pessoas não merecedoras do voto evangélico por causa das informações incompletas passadas por um programa de televisão. Comparar Pedro Simon com o ex-ministro do Transporte Alfredo Nascimento do PR/AM denunciado nacionalmente por corrupção em sua pasta, e posteriormente defenestrado pelo governo Dilma, é de uma injustiça despudorada. Isto aplica-se ao Eduardo Suplicy e a outros - aguarde o pronunciamento do bom de briga, o senador Roberto Requião (PMDB/PR), ex-governador do Paraná.

Falo com clareza: se eu votasse no estado do Rio Grande do Sul os meus candidatos ao senado federal seriam Pedro Simon e Paulo Paim. Votaria neles sem pestanejar.

Portanto, o que não pode acontecer é mais uma vez transformar essa sucessão eleitoral em moralismo. O Brasil tem temas mais urgentes e importantes para debater nos confrontos dos presidenciáveis e nas casas de leis. 

Sou evangélico e contra o PLC 122, mas discordo dessa prática político-eclesiástica que tem mais cheiro de poder político que preocupação com a família. Outrossim, esta prática tem trazido graves problemas para quem ainda evangeliza o público gay. 

Mais uma vez, nesse ano, veremos políticos invadindo as igrejas e as nossas reuniões ministeriais com o mesmo discurso. A cada ano tem de se eleger um novo inimigo. O desse ano: quem votou ou não contra o apensamento do PLC 122. Pense por si. Veja se essa prática política tem coerência com o Evangelho. Eu penso que não.

Paz e Bem! 

M.O.O.
Rio de Janeiro - RJ.
    


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Por que eu choro?


Eu quero abrir o coração e chorar sem ter a minha espiritualidade questionada. Embora muitas vezes o choro possa significar tristeza; ele não é sinônimo de fraqueza, mas de humanidade. Choro porque sou humano. Choro porque sou "mundano" ― mundano, pois habito esse mundo.
Chorar é o extravasar da alma, pois esta não se contém diante das cascatas de sentimentos que desabrocham diante do sofrimento humano. Este invade o seu âmago. Ignorá-lo é anticristão, é antievangelho, é anti-humano! A miserabilidade humana deve refletir o quanto somos miseráveis. Uns ganham em cima dela. Outros perdem a sua vida por ela. Mas outros, simplesmente, são indiferentes a ela. Ser indiferente ao sofrimento do outro é estar em trevas. É estar em escuridão, é ter a alma pulsando amargura, ingratidão, desesperança e solidão. Isto é treva!
Quando penso o quanto sou impotente diante do sofrimento humano, angustio-me. Agonio-me pela sordidez dos políticos, pois através de um espírito público se poderia amenizar o sofrimento alheio, uma vez que eles, os políticos, têm o poder na mão. Aflijo-me pela ganância dos religiosos que usam e abusam da fé alheia para construírem para si um castelo de Narciso. Algumas vezes, odeio-me! A minha negligência apavora-me. Resigno-me rapidamente quando compreendo a minha impotência e limites. Isto reverbera em mim como uma bomba lançada em pleno meio-dia, no largo da Carioca, em plena movimentação, no centro da cidade do Rio de Janeiro. O efeito é devastador! Horrendo! Terrível! Desumano! Angustiante!
Mas quando olho para o encanto, a meiguice e a humanidade de Jesus de Nazaré, lembro-me que são "bem-aventurados os que choram". O meigo nazareno não titubeou; Ele chorou e, por um momento, sentiu a dor dilacerante de uma perda humana. Jesus de Nazaré sofre junto com a gente. Aqui, talvez, lembro-me que diante do sofrimento humano, não sou tão impotente assim. Ajuda Senhor a minha incapacidade de sensibilizar-me com o sofrimento do outro, como um dia Tu sensibilizou-se com o meu!


               


domingo, 28 de julho de 2013

CADÊ A JUVENTUDE "EVANGÉLICA"?



Ontem, domingo, assisti a reportagem sobre a preparação da Jornada Mundial da Juventude Católica no Fantástico. O evento promete ser algo muito salutar para um segmento religioso importante da história brasileira. Acho louvável que ressurja no Brasil um movimento de matriz juvenil, que denote a juventude brasileira, o incômodo da sua própria estagnação social.
A vinda de Bento XVI mostra o quanto a igreja romana vem dedicando grande atenção aos jovens. Desde a formação de sacerdotes joviais aos leigos da Igreja. Creio ser bem representativo para o jovem católico ouvir do seu pastor uma mensagem para a vida, o pensar e o testemunhar a fé cristã ― quem leu os documentos do Papa Bento XVI, embora discorde de suas posições dogmáticas, reconhece a extrema capacidade de um teólogo alemão: o pensar. A vida cotidiana de uma comunidade de fé remete para uma relevante ação conscientizadora de manifestar uma mensagem que faça sentido para vida daqueles rebentos que pensam e vivem a fé.
Dito isto, pergunto: “Cadê o movimento nacional da juventude ‘evangélica’?” Pasmo diante da pobreza de conteúdo ― intelectual, bíblico e espiritual ― de nossa juventude. A impressão que tenho é que os jovens contemporâneos da igreja resumem-se em fazer congressos, confraternizações e ensaios. Não! Os jovens são mais capazes que isso. Eles pensam, têm uma extrema capacidade de ler o mundo com os óculos de hoje. Neles, pelos menos para mim, está depositada a esperança de que, lá na frente, farão a transição cultural e teológica de que o evangelicalismo brasileiro precisa fazer.
Desde os meus quatorzes anos, e até hoje, não vi um movimento cristão-evangélico que desafie o jovem a pensar sua fé para fora das raias da denominação local. Naturalmente, este fato retrata a característica de gueto do movimento evangélico brasileiro. Mas as necessidades da juventude cristã são maiores que esses obstáculos. Ela não pode calar, tem de gritar e dizer o que pensa. Ela tem de ser ouvida!
Ministro aulas aos domingos, pela manhã, para os jovens. Lá, tenho comigo biólogos, pedagogos e outros aspirantes às profissões de seus sonhos. São pessoas inteligentes, capazes e perspicazes. Só precisam correlacionar as suas profissões com a consciência do Evangelho. Como, por exemplo, perguntar-se: “O que eu, quanto cristão e biólogo, posso fazer de concreto para a sociedade que está na rua da minha igreja?” “Como pedagogo e cristão o que posso realizar para estancar o índice imenso do analfabetismo que atinge a minha própria rua?” Juventude atuante, igreja influenciadora. Gente que evangeliza com coerência entre o que se diz e faz, igreja saudável e testemunho do Evangelho garantido.
Que a Jornada Mundial da Juventude Católica possa despertar os líderes e pais para a seguinte necessidade: a juventude cristã-evangélica precisa de atenção. Ela precisa de referências. E, ainda, precisa ser desafiada a pensar a sua própria fé no ambiente que vive. Podemos aprender muito com este movimento romano.
Que haja humildade de nossa parte para reconhecer: “não vai nada bem com os nossos jovens cristãos”.

M.O.O.
Rio de Janeiro, RJ.          

sexta-feira, 26 de julho de 2013

ELE REINARÁ PARA SEMPRE




Sermão Pregado na Assembleia de Deus Ministério São João de Meriti - Festividade do Coral Jovem Nova Jerusalém

Texto Bíblico: Apocalipse 11.15-18                                                      

I. QUESTÕES INTRODUTÓRIAS
1.    No livro do Apocalipse o Senhor Jesus se manifesta majestoso, glorioso e poderoso. Ele anuncia ao apóstolo João tudo o que foi, é e será.
2.      No capítulo em análise, Apocalipse 11, o anjo toca a sétima trombeta para anunciar que Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre (v.15).[1- não deixe de ler esta nota]
3.      Mas anterior a sétima trombeta, o livro do Apocalipse apresenta mais seis. Qual o simbolismo destas “trombetas”?
Números 10 apresenta algumas funções da trombeta em Israel:
      3.1. Reunir o povo para diversas ocasiões de festejos (10.1-8).
      3.2. Anunciar uma guerra (10.9).
3.3. Anunciar um tempo especial de sacrifícios de comunhão e holocaustos (10.10).
3.4. No Antigo Testamento a trombeta soou:
a) Quando a Lei foi divinamente entregue a Moisés no Monte Sinai (Êx 19.16-19).
b) Quando Salomão foi ungido o rei sucessor de Davi (1 Rs 1.34,39) ― Salomão estabeleceu o Templo Judaico.
c) Quando as guerras eram proclamadas (Nm 10.9).
                        3.5. Em o Novo Testamento, soou:
a) Quando a voz do Senhor foi como voz de trombeta aos ouvidos do apóstolo João na Ilha de Patmos (Ap 1.10).
b) Quando uma voz como que de trombeta convocou João subir ao céu (Ap 41).
c) A Segunda Vinda de Cristo será anunciada pelo toque da trombeta de Deus (1 Ts 4.13-18).
4. Logo, as trombetas têm o papel de anunciar um novo tempo, um grande acontecimento. No Apocalipse, elas anunciam juízos de Deus em relação a Terra e ao Ser Humano, mas também a segunda vinda de Cristo em glória, isto é, a chegada da plenitude do Reino de Deus. Assim podemos dividi-las:
               4.1. Catástrofe sobre a terra:
                          1ª Trombeta → a natureza (8.7)
                          2ª Trombeta → animais marítimos (8.8,9)
                          3ª Trombeta → o mar e os rios (8.10,11)
                          4ª Trombeta → sol, lua e estrelas (8.12,13)
               4.2. Catástrofes sobre o Ser Humano:
                          5ª Trombeta → Tormentas sobre os seres humanos (9.1-12)
                          6ª Trombeta → Morte da terça parte dos seres humanos (9.13-21)
7ª Trombeta → O Cristo intervém. A vinda do Reino de Deus e o julgamento dos seres humanos (11.15-18)

II. QUESTÕES DOUTRINÁRIAS
  1. Deus reinará plena mente no mundo (v.15). Isto se dará quando do retorno físico e literal de Jesus de Nazaré.
  2. A Igreja, o povo de Deus constituído de seres humanos dos quatro cantos do mundo, ― simbolizado pelos 24 anciões ― adorará ao Senhor todo poderoso que reina para sempre (vv.16,17).
  3. Todos os homens, grandes e pequenos, prestarão contas diante de Deus (v.18) ― os que destroem a terra e odeiam ao Senhor serão destruídos; mas os que amam e temem ao Senhor, seus profetas e servos, serão galardoados. É o dia em que Deus julgará os segredos dos corações dos homens (Rm 2.16).    

III. QUESTÕES APLICATIVAS
  1. Vivemos a tensão entre o “já” e o “ainda não”. O reino de Deus está nos corações de muitos cristãos, mas parece que a sua vinda plena tarda.
  2. Por isso, somos tentados a viver como não houvesse juízo final. Como que Deus não controlasse a história. Como se Ele não fosse julgar intenções e pensamentos.
  3. Onde está a promessa da sua vinda? Parece que tarda. Isto é motivo para se viver um cristianismo sem coração, essência e vida?
  4. As trombetas anunciam um novo tempo. De condenação e flagelos para alguns, mas de vida e esperança eterna para muitos.
  5. Um dia o Reino virá plenamente, mas enquanto ele não vem, os flagelos do coração, da alma e da mente podem ser sarados pela chegada do Reino em seu coração e mente. Isso pode acontecer hoje, agora.
  6. Deus não tem prazer em condenar, Ele mostra a seriedade da injustiça humana para nos mostrar a grandeza da sua misericórdia. Ele quer que todos os homens se salvem.
  7. Por isso, quebrantados e prostrados, adoremos ao Senhor e digamos: Maranata, ora vem Senhor Jesus!


[1] É importante ressaltar que as sete trombetas é o desdobramento da abertura do sétimo selo (Ap 6.1; cf. 8.1). O apóstolo João recebeu revelações, diretamente de Cristo, sobre o estado espiritual das sete igrejas da Ásia Menor: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes e Laodiceia (2―3). No capítulo 4, o apóstolo recebe a ordem de uma voz para subir ao céu a fim de contemplar as coisas que vão acontecer (v.1). Após várias visões, João vê um livro selado com sete selos na destra de quem estava assentado no trono (5.1). O apóstolo chorava, pois não havia ninguém digno de desatar os selos do livro ou de abri-lo (5.4). Mas um dos anciões informou-lhe: “eis aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e desatar os seus sete selos” (5.5). E na visão do apóstolo, o Cordeiro desata os selos. Estes simbolizam toda a história humana de engano e ilusões encarnadas na figura do Anticristo e seus asseclas. Pois, se abre o sétimo selo. Aqui se desdobrará o ressoar das sete trombetas. Isto é, as sete trombetas é a abertura do sétimo selo (8.1).  

quinta-feira, 18 de julho de 2013

ESPERANÇA APESAR DA DOR - A BRUNA FOI MORAR COM O SENHOR



Esta é a imagem que eu e a minha esposa, Gilmara, desejamos guardar em nossa mente e coração quando daquela noite singela de feliz de aniversário da Bruna. Como foi marcante aquela noite:

O mundo está louco! A vida é uma loucura! Como vim parar aqui? Não pedir para nascer, viver e, muito menos, morrer. Revolto-me ao pensar que uma menina de 18 anos na flor da idade está com uma doença humanamente incurável. O que dizer nesta hora? Simplesmente não há o que dizer! Aprendi que nesta hora é orar, porque enquanto há vida há esperança.
Sim, orar pela cura! Mas não me peçam para explicar absolutamente nada. Pois nesta hora não tenho palavras. A família está sofrendo muito. Todos diante da notícia avassaladora não têm outra reação que não seja esta: orar, orar, orar e orar. Mas também chorar, chorar, chorar e chorar.
Como entender ou buscar explicação? É irrisório! Precisamos lidar com esta bomba da vida em que não cabe qualquer teorização. Seria irresponsabilidade, como pastor daquela comunidade de fé, resumir tudo o que está acontecendo naquela realidade existencial neste jargão: é a vontade de Deus. Confesso: não tenho palavras. Sei que a maior intervenção divina veio neste domingo. Ali, naquela simples reunião, no meio de uma sala onde choramos e celebramos ao mesmo tempo um aniversário. Todos orando pela Bruna com um amor inexplicável. Carinho, lágrima, mas sorriso em saber que é um privilégio ela estar conosco. Como foi bom orar. Sim! Orar pela cura da Bruna, pois é o desejo imensurável que pulsa em nosso coração. E como crentes em Deus temos a fé inabalável de que o Senhor pode curá-la. Afinal de contas, a última Palavra ainda é de Deus.
Este domingo — ontem, 28 de Outubro de 2012 — ficou marcado em meu coração. Vivi momento de alegria misturada à tristeza, mas regada a esperança. No final de tudo a palavra que retumbou na minha mente e coração foi ESPERANÇA. A esperança de que ainda verei a Bruna vendendo saúde. Vivendo a mais bonita de toda estação da vida: a juventude. É isso! Simplesmente creio! Sem lógica, racionalização. Mas com muita emoção e sentimento representados num verdadeiro amor que, ali, naquela sala, brotou no meu coração pela bruninha.
Como disse a você, bruninha, há uma morada sua agora em nosso coração. Pois você é muito, muito especial!

Um abraço daquele que ganhou uma ovelha tão especial num pasto recheado de amor.

Bruna, nós te amamos!

P.S. Hoje, dia 18 de agosto de 2013, recebemos a notícia de que a Bruna passou para o Senhor. Com o coração triste, mas cheio de ternura e compaixão da família, quero desejar muita força para a sua mãe, o seu pai e toda a família do meu amigo e irmão Sérgio Sodré. 
A esperança agora se renova em vê-la um dia.

Até Breve, Bruna!!!!

M.O.O.
Rio de Janeiro, RJ.