domingo, 23 de março de 2014

A ÉTICA DO JESUS HISTÓRICO NADA SIGNIFICA SEM O CRISTO


A Ética de Jesus de Nazaré é maravilhosa. Mas só o é se reconhecermos que Ele é o Deus encarnado. Resumi a figura de Jesus apenas à sua Ética não dá. 

Quando cursava a faculdade de Teologia, em um certo dia, disse a um colega encantado com a ideia do Jesus histórico, o simplesmente judeu:
"Amigo, se Jesus não ressuscitou, e se Ele de fato não é o Deus Encarnado; ou se um dia alguém for capaz de provar que o Cristo não ressuscitou, para mim, não haverá razão de falar do Evangelho. Deixo-o imediatamente e sigo Éticas muito mais arejadas e melhor formuladas".

O meu amigo assustou-se comigo e disse-me: você não pode ser tão radical assim.

Concordo com o C. S. Lews em sua magnífica obra, "Cristianismo Puro e Simples": Há apenas três atitudes para serem tomadas sobre Jesus quanto a sua natureza, pois Ele mesmo afirmou que era Deus. 

1. Ou Jesus era um grande mentiroso, logo a sua ética não tem razão de ser.
2. Ou Ele era um louco, um lunático megalomaníaco, pois várias vezes afirmou ser Deus.
3. Ou de fato, Ele é Deus. Pois toda a ação de Jesus, incluindo a sua ética, só faz sentido se Ele for o Emanuel - o Deus Conosco.


Eu assumo a terceira atitude!

Há pessoas que perderam a fé no Cristo do Evangelho e seguem a vida disseminando incredulidade e elucubrações meramente intelectuais.

O meu conselho: sejam honestas com vocês mesmos! Façam como Rubem Alves, que foi homem e teve a coragem de entregar o pastorado quando não mais tinha a fé no Cristo dos Evangelhos.

Qual a razão em continuar a falar de Jesus se para você Ele não é o Filho de Deus gerado pelo Espírito Santo? Apenas para ser o intelectual antenado com pseudointelectuais que ganham a vida com o dinheiro do Estado, e da Igreja, para desacreditar os relatos dos Evangelhos. Isto é meio de vida?

Cansa ver os pensadores brasileiros usando o método científico da razão forte, o mesmo utilizado pelos ateus, para tratar os temas caros da religião. Os caras se encantam com o Jesus Histórico, e ignoram, ou talvez não saibam que esse é um tema superado na Europa pós-cristã.

Sejam honesto com vocês mesmos! Vale a pena fazer isso com as suas consciências? Com a alma de vocês? Tornando-se pessoas amargas e destiladoras de ódio.

Confesso que tentei ver a possibilidade de não crer mais naquilo que eu creio. Descobri que não consigo. Descobri que não há razão na minha vida em passar um dia sem pensar no Meigo Nazareno que morreu por mim. Viveu por Mim. Amou-me e ressuscitou por mim! Sim! Creio no absurdo da Ressurreição! Mas creio não por razão histórica, mas por razão pneumatológica, de modo, que mesmo que eu queira reconhecer a plausibilidade do método de alguns ateus, a fé como carnegão implantada em mim não permite. O EVANGELHO ENTROU EM MIM, de modo que nunca mais, repito, nunca mais poderá ser arrancado de mim. Tirado de mim. Desterrado de mim. Porque não dependeu de mim. Dependeu do Espírito, do Deus Pai que implantou em mim aquilo que de outra maneira jamais seria implantado.

Se eu não cresse no que eu creio a honestidade da minha consciência não me permitiria está no meio de um movimento, enganando-o porquê não tenho outro meio competente de ganhar a vida. Isto é desonestidade consigo mesmo, com a sua família e com o ser humano que lhe ouve pensando que você crê naquilo fundamentalmente em comum a eles no Evangelho. Eu seria honesto comigo mesmo e cairia fora!

Não gastem as suas vidas lutando contra a religião. Se não creem mais, sigam não crendo e viva a vida de vocês com respeito, sinceridade e amor com aqueles que creem. Simples assim! 

De minha parte, orarei e torcerei para vocês terem um dia a possibilidade de crer nesse absurdo chamado Evangelho!

Paz e Bem!

M.O.O.
Rio de Janeiro - RJ