ESBOÇO
DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
I
– UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À QUALIFICAÇÃO
II
– UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO AO SERVIÇO
III
– UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À IMPORTÂNCIA TEOLÓGICA
CONCLUSÃO
PONTO
CENTRAL
Jesus Cristo é o sacerdote
perfeito que executou o mais perfeito sacrifício pela humanidade.
OBJETIVO
GERAL
Pontuar o sacerdócio do Senhor
Jesus como superior à ordem levítica e que, por isso, Ele teve autoridade para
inaugurar uma nova ordem.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
I. Demonstrar biblicamente a
natureza da superioridade do sacerdócio de Jesus Cristo;
II. Ensinar que o sacerdócio
de Cristo foi superior quanto ao serviço;
III. Expressar a importância
teológica do sacerdócio do Senhor Jesus.
1. RECAPITULANDO
A LIÇÃO ANTERIOR
Na aula passada, o
tema que sobressaltou aos olhos foi o contraste do ministério de Jesus em
relação ao de Josué, conforme o escritor de Hebreus desenvolveu:
JOSUÉ → Terreno → Temporário → Incompleto
JESUS → Celestial → Eterno → Completo
O esquema acima
mostra que o nosso Senhor proveu uma mensagem superior, um descanso superior e
uma orientação superior a de Josué. Ao mostrar para a igreja hebreia a
superioridade de Jesus, a Palavra de Deus nos convida a receber a mensagem de
Cristo com fé, a obedecê-la, a ter um coração contrito, a ter a certeza de um
descanso completo e a experimentar o poder vivificante da Palavra. Essas
características nos levam a ter a consciência de que precisamos com urgência
perseverar na mensagem uma vez recebida de Cristo. Relembrar esse conteúdo é
garantir o bom movimento do fio condutor que perpassa o tema ao longo de todo
trimestre: perseverança da fé. Não se distraia acerca dessa importância.
2.
ITRODUÇÃO
À LIÇÃO
Após expor a
superioridade de Cristo sobre Moisés e Josué, o escritor de Hebreus passa a
mostrar a superioridade de Cristo em relação ao ministério de Arão, e por
consequência, toda a ordem levítica estabelecida na Antiga Aliança. Por isso, a
lição desta semana tem três aspectos fundamentais: qualificação, serviço e importância teológica. Essas três
esferas perpassam a revelação de nosso Senhor como verdadeiro sumo sacerdote
conforme atestam estes versículos: “Visto que temos um grande sumo sacerdote,
Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa
confissão. Porque não temos um
sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que,
como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao
trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de
sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb 4.14-16). Conforme apontado nestes três
maravilhosos versículos, nosso Senhor é o sacerdote perfeito por excelência.
3.
TÓPICO I
UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À QUALIFICAÇÃO
UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À QUALIFICAÇÃO
1.
Por representar melhor os homens diante de Deus.
a) A escolha do sumo sacerdote
era entre os próprios pares (5.1).
b) Nesse aspecto, o argumento do
autor de Hebreus segue no princípio de que Cristo é o Deus que humanizou-se
entre os homens para tratar os homens.
c) Assim, diferentemente do
sacerdócio araônico, só Cristo, por excelência, tem a condição de oferecer a
verdadeira oferta a Deus em nosso favor: sua própria vida (4.14-16).
2.
Por compreender melhor a condição humana.
a) Tenhamos atenção para a
palavra “compadecer-se” (5.2,3). Do grego metriopatheia,
e segundo o Dicionário do Novo Testamento
Grego de Taylor, a palavra remonta à ideia de “moderação sentida nas paixões,
isto é, na ira, na cólera”.
b) O que mostra que o sumo
sacerdote sentiria pelo menos dois sentimentos ao oferecer sua oferta a Deus:
(1) ira e tristeza pelo pecado praticado pelo povo; (2) misericórdia e
compaixão que se manifestam nestas duas expressões usadas pelo comentarista da
lição: “condoer-se ou compadecer-se dos ignorantes e errados” (v.2).
c) Para o escritor da epístola,
só Cristo Jesus é digno de exercer esse sacerdócio em plenitude e sem cair nos
extremos: Só odiar o pecado ou só ter compaixão do pecador.
d) À luz do ministério de Jesus,
devemos refletir sobre a questão do exercício disciplinar em nossa igreja
local.
3.
Pela posição que exerceu.
a) O sumo sacerdote era
diretamente chamado por Deus no Antigo Testamento (5.4).
b) A palavra “honra”, aqui, tem o
sentido de cargo ou posição. Sim, a ideia é destacar quão honroso e importante era o ministério
sacerdotal conforme estabelecido por Deus em Israel.
c) Arão e seus filhos foram o
núcleo escolhido para exercer tão nobre missão sumo-sacerdotal (Êx 28.1; Sl
105.26).
d) Mas nosso Senhor era em tudo
superior quanto a qualificação de seu ministério, tendo em vista, que o Senhor
Jesus não foi separado na Terra para executar sua tarefa, mas enviado
diretamente do próprio Deus para cumprir a missão de salvar os homens de seus
pecados.
Síntese
do tópico: Não
há, e nunca houve no mundo, alguém que represente melhor o ser humano diante de
Deus que nosso Senhor Jesus. Ele conhece a verdadeira condição humana porque
imergiu nela a fim de dar a devida solução para suas mazelas. Por isso o
ministério de Jesus é superior em qualificação ao ministério de Arão e da Ordem
Levítica.
4.
TÓPICO II
UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO AO SERVIÇO
1.
Pela realeza e o propósito pelo qual viveu.
a) Os Salmos 2.7 e 110.4 fazem a
devida fundamentação acerca da filiação divina e da realeza do sacerdócio de
Jesus.
b) Devemos ressaltar que o
Messias que os judeus aguardam até hoje é de natureza político-religiosa.
c) Entretanto, segundo os dois
salmos, Jesus é o Messias que os cristãos reconhecem como o Filho de Deus,
divino, não somente humano; eterno, não finito.
d) Todavia, é importante
esclarecer que o “messianismo” de Cristo tem sim um caráter de manifestação
político-religiosa. Isso é muito claro quando estudamos as Doutrinas das
Últimas Coisas.
e) Quando do seu retorno glorioso
com a Igreja para estabelecer o Milênio, o Messias aguardado por Israel
colocará em ação um governo de natureza político-religiosa em todos os
sentidos, conforme os últimos capítulos do livro do Apocalipse.
2.
Pela vida santa que possuía.
a) Intercessão, compaixão, oração
e súplica são qualidades que deviam estar presente em um verdadeiro sumo
sacerdote.
b) A imagem do Getsêmane (Mc
14.33-36) é bem significativa quando ao caráter de vida santa e piedosa do
nosso Senhor.
c) O Senhor Jesus é o grande
modelo para uma vida piedosa, santa e que se compadece do pecador. Aqui,
devemos fazer uma reflexão sincera quanto ao nosso caráter de vida piedosa.
Como ele se encontra? Suas aulas têm sido ungidas? Suas pregações têm sido
“lógica pegando fogo”?
d) Aqui gostaria de citar um
trecho do livro de um grande homem de Deus, Leonard Ravenhil: “Irmão, nós
poderíamos ter a metade da capacidade intelectual que possuímos se fôssemos
duas vezes mais espirituais. A pregação é uma tarefa espiritual. Um sermão
gerado na mente só atinge a mente de quem o ouve. Mas gerado no coração, chega
ao coração. Um pregador espiritual, sob o poder de Deus, produz mentalidade
espiritual para seus ouvintes. A unção não é uma pombinha mansa esvoaçando à
janela da alma do pregador; não. Pelo contrário; temos de batalhar por ela e
conquistá-la. Também não é algo que se aprenda; é bênção que se obtém pela
oração. Ela é o prêmio que Deus concede ao combatente da fé, que luta em oração,
e consegue a vitória. E não é com piadinhas e tiradas intelectuais que se chega
à vitória no púlpito, não. Essa batalha é ganha ou perdida antes mesmo de o
pregador pôr os pés lá. A unção é como dinamite. Não é recebida pela imposição
de mãos, nem tampouco cria mofo se o pregador for lançado numa prisão. Ela
penetra e permeia a alma; abranda-a e tempera-a. E se o martelo da lógica e o
fogo do zelo humano não conseguirem quebrar o coração de pedra, a unção o fará”
(Por que tarda o Pleno Avivamento? Editora Betânia, p.16,17).
e) Aqui, só trocar a palavra
“pregador” pelo “professor de Escola Dominical” e a urgência por uma vida
piedosa e ungida faz todo sentido.
3.
Pela submissão que demonstrou.
a) A vida de temor piedoso e
reverente de Jesus o conduziu a suportar o sofrimento na execução da obra
expiatória e vicária em favor de todo ser humano.
b) O propósito pelo qual Jesus
viveu uma vida santa e piedosa aponta a superioridade do seu serviço em relação
à ordem levítica. Esse propósito nos constrange também a viver uma vida de
temor piedoso e reverente diante de Deus.
Síntese
do tópico: Uma
vida santa e submissa a Deus demonstrou o propósito da realeza divina no
ministério de Jesus.
5. TÓPICO III
UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À IMPORTÂNCIA
TEOLÓGICA
1.
Uma doutrina transcendente.
a) A doutrina do sacerdócio de
Cristo Jesus é transcendente. Embora contenha uma complexidade teológica, essa
doutrina é essencial para o verdadeiro viver cristão.
b) Não compreender essa doutrina
acarretaria inanição espiritual, imaturidade da fé.
2.
Uma doutrina essencial.
a) A doutrina do sacerdócio de
Cristo é o âmago da fé cristã, pois nela está fundada a doutrina do sacrifício
vicário de Cristo pelos pecadores.
b) Essa doutrina nos traz
substância na fé e robustez espiritual. Assim, a indolência, o desânimo e a
fraqueza perdem completamente o terreno.
Síntese
do tópico: A
doutrina do sacerdócio de Cristo é o âmago da fé cristã. Ela nos traz robustez
espiritual e substância de fé.
6. APLICAÇÃO DA LIÇÃO
1. Que o estudante dessa carta
tenha consolo na alma, sabendo que Jesus Cristo, o verdadeiro sumo sacerdote,
conhece a verdadeira condição humana. Ele nos conhece! Ele nos conhece!
2. Façamos o propósito, à luz do
ministério de Jesus, viver uma vida santa e submissa a Deus.
3. Tenhamos a consciência de que
os nossos pecados foram apagados na cruz. O sacrifício vicário de Cristo,
exercido por meio de seu eterno e completo ministério sacerdotal, foi e é
suficiente para apagar os nossos pecados: “dos seus pecados e iniquidade não me
lembrarei mais” (Hb 10.17).
[1]
Marcelo Oliveira de Oliveira é redator do Setor de Educação Cristã da CPAD;
Bacharel em Teologia e Licenciado em Letras.