sexta-feira, 26 de julho de 2013

ELE REINARÁ PARA SEMPRE




Sermão Pregado na Assembleia de Deus Ministério São João de Meriti - Festividade do Coral Jovem Nova Jerusalém

Texto Bíblico: Apocalipse 11.15-18                                                      

I. QUESTÕES INTRODUTÓRIAS
1.    No livro do Apocalipse o Senhor Jesus se manifesta majestoso, glorioso e poderoso. Ele anuncia ao apóstolo João tudo o que foi, é e será.
2.      No capítulo em análise, Apocalipse 11, o anjo toca a sétima trombeta para anunciar que Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre (v.15).[1- não deixe de ler esta nota]
3.      Mas anterior a sétima trombeta, o livro do Apocalipse apresenta mais seis. Qual o simbolismo destas “trombetas”?
Números 10 apresenta algumas funções da trombeta em Israel:
      3.1. Reunir o povo para diversas ocasiões de festejos (10.1-8).
      3.2. Anunciar uma guerra (10.9).
3.3. Anunciar um tempo especial de sacrifícios de comunhão e holocaustos (10.10).
3.4. No Antigo Testamento a trombeta soou:
a) Quando a Lei foi divinamente entregue a Moisés no Monte Sinai (Êx 19.16-19).
b) Quando Salomão foi ungido o rei sucessor de Davi (1 Rs 1.34,39) ― Salomão estabeleceu o Templo Judaico.
c) Quando as guerras eram proclamadas (Nm 10.9).
                        3.5. Em o Novo Testamento, soou:
a) Quando a voz do Senhor foi como voz de trombeta aos ouvidos do apóstolo João na Ilha de Patmos (Ap 1.10).
b) Quando uma voz como que de trombeta convocou João subir ao céu (Ap 41).
c) A Segunda Vinda de Cristo será anunciada pelo toque da trombeta de Deus (1 Ts 4.13-18).
4. Logo, as trombetas têm o papel de anunciar um novo tempo, um grande acontecimento. No Apocalipse, elas anunciam juízos de Deus em relação a Terra e ao Ser Humano, mas também a segunda vinda de Cristo em glória, isto é, a chegada da plenitude do Reino de Deus. Assim podemos dividi-las:
               4.1. Catástrofe sobre a terra:
                          1ª Trombeta → a natureza (8.7)
                          2ª Trombeta → animais marítimos (8.8,9)
                          3ª Trombeta → o mar e os rios (8.10,11)
                          4ª Trombeta → sol, lua e estrelas (8.12,13)
               4.2. Catástrofes sobre o Ser Humano:
                          5ª Trombeta → Tormentas sobre os seres humanos (9.1-12)
                          6ª Trombeta → Morte da terça parte dos seres humanos (9.13-21)
7ª Trombeta → O Cristo intervém. A vinda do Reino de Deus e o julgamento dos seres humanos (11.15-18)

II. QUESTÕES DOUTRINÁRIAS
  1. Deus reinará plena mente no mundo (v.15). Isto se dará quando do retorno físico e literal de Jesus de Nazaré.
  2. A Igreja, o povo de Deus constituído de seres humanos dos quatro cantos do mundo, ― simbolizado pelos 24 anciões ― adorará ao Senhor todo poderoso que reina para sempre (vv.16,17).
  3. Todos os homens, grandes e pequenos, prestarão contas diante de Deus (v.18) ― os que destroem a terra e odeiam ao Senhor serão destruídos; mas os que amam e temem ao Senhor, seus profetas e servos, serão galardoados. É o dia em que Deus julgará os segredos dos corações dos homens (Rm 2.16).    

III. QUESTÕES APLICATIVAS
  1. Vivemos a tensão entre o “já” e o “ainda não”. O reino de Deus está nos corações de muitos cristãos, mas parece que a sua vinda plena tarda.
  2. Por isso, somos tentados a viver como não houvesse juízo final. Como que Deus não controlasse a história. Como se Ele não fosse julgar intenções e pensamentos.
  3. Onde está a promessa da sua vinda? Parece que tarda. Isto é motivo para se viver um cristianismo sem coração, essência e vida?
  4. As trombetas anunciam um novo tempo. De condenação e flagelos para alguns, mas de vida e esperança eterna para muitos.
  5. Um dia o Reino virá plenamente, mas enquanto ele não vem, os flagelos do coração, da alma e da mente podem ser sarados pela chegada do Reino em seu coração e mente. Isso pode acontecer hoje, agora.
  6. Deus não tem prazer em condenar, Ele mostra a seriedade da injustiça humana para nos mostrar a grandeza da sua misericórdia. Ele quer que todos os homens se salvem.
  7. Por isso, quebrantados e prostrados, adoremos ao Senhor e digamos: Maranata, ora vem Senhor Jesus!


[1] É importante ressaltar que as sete trombetas é o desdobramento da abertura do sétimo selo (Ap 6.1; cf. 8.1). O apóstolo João recebeu revelações, diretamente de Cristo, sobre o estado espiritual das sete igrejas da Ásia Menor: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes e Laodiceia (2―3). No capítulo 4, o apóstolo recebe a ordem de uma voz para subir ao céu a fim de contemplar as coisas que vão acontecer (v.1). Após várias visões, João vê um livro selado com sete selos na destra de quem estava assentado no trono (5.1). O apóstolo chorava, pois não havia ninguém digno de desatar os selos do livro ou de abri-lo (5.4). Mas um dos anciões informou-lhe: “eis aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e desatar os seus sete selos” (5.5). E na visão do apóstolo, o Cordeiro desata os selos. Estes simbolizam toda a história humana de engano e ilusões encarnadas na figura do Anticristo e seus asseclas. Pois, se abre o sétimo selo. Aqui se desdobrará o ressoar das sete trombetas. Isto é, as sete trombetas é a abertura do sétimo selo (8.1).