quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

ESTUDO PARA PROFESSORES DA ESCOLA DOMINICAL/REVISTA CPAD: UMA JORNADA DE FÉ - 1º TRI 2014

LIÇÃO 3
AS PRAGAS DIVINAS E AS PROPOSTAS ARDILOSAS DE FARAÓ



Aula elaborada para o estudo de professores de Escola Dominical das Assembleias de Deus: Ministério São João de Meriti. Presidida pelo pastor Edgar dos Santos Amorim.


INTRODUÇÃO 
A presente lição tem o objetivo de estudar as dez pragas do Egito e as propostas que Faraó fez a Moisés com o objetivo de demovê-lo da ideia de libertar os judeus da escravidão egípcia. Por isso, nesta oportunidade vamos Analisar as pragas deferidas contra Faraó e as propostas do imperador do Egito; Saber o quanto o inimigo das nossas almas persiste contra o povo de Deus; Discutir a última proposta de Faraó.

1. ESBOÇO DA LIÇÃO
A presente lição está esboçada assim:

INTRODUÇÃO
I. AS PRAGAS ENVIADAS E A PRIMEIRA PROPOSTA DE FARAÓ
1. Pragas atingem o Egito (Êx 7.19―12.33)
2. A primeira proposta (Êx 8.25)
II. FARAÓ NÃO DESISTE
1. A segunda proposta de Faraó (Êx 8.28)
2. A terceira proposta de Faraó (Êx 10.7)
III. A PROPOSTA FINAL DE FARAÓ
1. A situação caótica do Egito
2. A quarta e última proposta
CONCLUSÃO

2. ANALISANDO O ASSUNTO
2.1. As dez pragas, isto é, praga por praga:

  1. 7.14-25: água em sangue.
  2. 8:1-15: infestação das rãs.
  3. 8.16-19: insetos (ou piolhos).
  4. 8.20-32: infestação das moscas (com os hebreus sendo poupados [8.22]).
  5. 9.1-7: peste sobre o gado (com os hebreus sendo poupados [9.4,6]).
  6. 9.8-12: úlceras sobre homens e animais.
  7. 9.13-35: saraiva, trovões e raios (com exceção da área destinada aos hebreus [9.26]).
  8. 10.1-20: infestação de gafanhotos.
  9. 10.21-29: três dias de densas trevas.
  10. 11.1―12.36: morte dos primogênitos, tanto do povo como do gado (com exceção dos hebreus, caso se preparassem de forma correta [12.7,13]).[i]

2.2. Qual o propósito das pragas descritas nos capítulos 7 a 12 de Êxodo?     
      a) O Êxodo é o primeiro livro onde Deus se revela a um povo.
           b) A ideia não é de vingança, mas a de Deus se dar a conhecer para Faraó.
       c) Não apenas a Faraó, mas também ao povo de Israel. Ambos devem conhecer o Deus verdadeiro num contexto de Politeísmo – Adoração a vários deuses.
2.3. A função das pragas está relacionada às palavras de Faraó:[ii] “Mas ele disse: Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir Israel” (5.2); A Bíblia Jerusalém diz: “Respondeu Faraó: Quem é Iahweh para que ouça a sua voz e deixe Israel partir? Não conheço Iahweh, e tampouco deixarei Israel partir. (os termos conhecer/saber podem ser encontrados em 6.7 [Israel]; 7.5; 7.17 [Faraó]; 8.10; 8.22; 9.14; 9.29; 10.2; 11.7; 14.4; 14.18).
2.4. Deus endureceu o coração de Faraó (4.21; 7.3; 7.14; 7.22; 8.19; etc...). Faraó teve por algum tempo controle sobe as suas escolhas (até a quinta praga - 7.22; 8.15; 8.19; 8.32; 9.7). Até a quinta praga o Senhor tenta sensibilizar Faraó para fazê-lo o conhecer e libertar o povo da escravidão. Mas a partir da sexta praga a expressão “Porém o Senhor endureceu o coração de Faraó” (10.20) revela Deus entregando Faraó a própria obstinação (cf. Rm 1.24,25). Sobre essa questão afirma o Dr. Walther Eichrodt: “O mais notável, entretanto, é que isso jamais conduziu a um determinismo absoluto, isentando o homem da responsabilidade por seus atos”.[iii] . A soberania divina interage com o livre-arbítrio humano, como afirma o rabino e filósofo inglês Jonathan Sacks, acerca das Escrituras: “arrependimento, oração e caridade revogam qualquer decreto”.[iv] Mas Faraó não se arrependeu!
2.5. As Propostas de Faraó. As propostas de Faraó para Moisés e as negociações para não libertar o povo hebreu envolvia a religião apesar de ela está na fase embrionária e a família. Ele tentou molestar Moisés nestas duas áreas.
a) A primeira proposta (8.25). Sacrifício no próprio Egito. Não no deserto (7.16).
b) A segunda proposta (8.28). Pode sacrificar: mas não pode se afastar do Egito.
c) A terceira proposta (10.7,10). Apenas os homens poderiam sacrificar. Não seria o encontro do povo com Deus. Mas apenas de alguns.
d) A quarta proposta (10.24). Ir sem os elementos para o sacrifício. Sem nada custar.

3. APLICAÇÃO
3.1. Deus quer ser conhecido pelo seu povo. Jesus de Nazaré é a mais perfeita revelação do Pai: “Quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14.8); “Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse” (Cl 1.19). Conheça mais a Jesus!
3.2. Deus não busca vingança, violência; mas usa os elementos naturais para revelar ao Homem a verdade de que há um único e verdadeiro Deus (cf. Rm 1.18-32).
3.3. Ele espera que o Homem se arrependa dos seus pecados e reconheça-o como o Senhor da vida. E não olhe mais para trás (1 Co 5.17-19; Fp 3.13-15).
3.4. Resista os ardis do Inimigo através do sistema organizado do mundo moderno que se volta contra o amor Deus. Encha a sua mente e coração do Evangelho!
3.5. Tenha a disposição em adorar a Deus em Espírito e Verdade para além da vida religiosa, mas para a vida real e vivida no mundo (Rm 12.1; 1 Co 10.31).

CONCLUSÃO
O evento das pragas do Egito e as propostas de Faraó a Moisés nos revelam um Deus amoroso que trabalha pelo bem daqueles que encontram-se oprimidos, escravos e vítimas das mais absurdas injustiças. Deus ouve o clamor do injustiçado. E levanta pessoas com coração consternado, dispostas a defendê-lo e libertá-lo.


Marcelo de Oliveira e Oliveira é redator do Setor de Educação Cristã da Editora CPAD.
E-mail: marcelo.oliveira@cpad.com.br        




[i] HAMILTON, Vitor P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.181.
[ii] HAMILTON, 2006, p.179,80.
[iii] EICHRODT apud. HAMILTON, p.188.
[iv] Entrevista. Veja, São Paulo, 15 jan. 2014. p.18.