sexta-feira, 6 de junho de 2014

LIÇÃO 10: O MINISTÉRIO DE MESTRES OU DOUTORES / 2º TRI - 2014

Vivemos num tempo de avanço tecnológico e de multiplicação das informações em distintas áreas do conhecimento. Basta um computador conectado à internet e, pronto: um mundo outrora desconhecido agora se abre para você. Possivelmente, o seu aluno conhece o assunto a ser lecionado nesta semana. Certamente ele pesquisou muita coisa em livros e na internet. E pode ter acumulado até mais informação que o conteúdo preparado para a sua aula. Este é o nosso mundo globalizado!
Nesta lição, o nosso desafio é explicar como se pode relacionar o dom ministerial de mestre com as urgências existenciais dos dias contemporâneos. Não por acaso, ela abre o tema analisando o ministério do ensino em Jesus de Nazaré. O mestre da Galileia era “antenado” com as circunstâncias sociais, políticas e espirituais do seu tempo. Com propriedade, Jesus ensinou sobre a política, as prevenções contra o materialismo e confrontou os discípulos a respeito do verdadeiro sentido da vida humana. Levando sempre uma proposta de vida segundo a perspectiva do Reino de Deus. É a urgência da tarefa de todo educador cristão: levar os alunos a pensarem as demandas da existência à luz do Evangelho e segundo os aspectos positivos e negativos do Reino de Deus (Mt 5―7).

Preeminência do ministério do mestre
Podemos afirmar historicamente que, logo após a morte dos santos apóstolos, as testemunhas da ressurreição do Senhor, os mestres eram líderes chaves na comunidade antiga, assim como os profetas, os evangelistas e os pastores. Ao ponto de a Biblia registrar a exortação apostólica: “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina” (1 Tm 5.17). Os presbíteros que se dedicavam ao exame da Palavra de Deus eram estimados por duplicada honra porque eles se afadigavam dia e noite para compreender os mistérios divinos (Rm 12.7). A mensagem do Reino tinha de fazer sentido na vida dos cristãos de outrora.
Caro professor, o Pai concedeu o dom ministerial do mestre para a sua Igreja atingir a estatura de Cristo em sua plenitude. Portanto, estude, persista em ler e reflita acerca da fé; não se esqueça de que os nossos alunos devem enfrentar as questões da vida sob o prisma da mensagem do Reino de Deus. E você professor, é um instrumento essencial nesse processo de formação cristã (Texto publicado na Revista Ensinador Cristão, CPAD, nº 58, p.39).

Marcelo de Oliveira e Oliveira é bacharel em teologia, licenciando em Letras e redator do Setor de Educação Cristã da CPAD. 

domingo, 1 de junho de 2014

Qual é o modelo mais eficaz do Ministério Pastoral

O modelo capitalista de descarte das pessoas?
O modelo de valorização da instituição pela instituição?
O modelo das megaigrejas em meio a uma redondeza constituída de uma população pobre?
O modelo dos eventos, das propagandas, das negociações e dos espetáculos eclesiásticos?

Seja sincero! Se você leu os Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) e compreendeu o que Jesus falou e fez, pergunto-lhe: Há lugar para esse modelo capitalista no programa de Jesus?


Diante da liderança apresentada por Jesus de Nazaré, em seus Evangelhos, não é vantajoso imitá-lo no atual cenário religioso brasileiro. Pois não traz lucro, fama e poder. Pelo contrário, emana prejuízo, angústia na alma de viver a realidade do sofrimento dos outros. Jesus falou que, no seu Reino, o primeiro servirá o último. Isto se reproduzindo em sua igreja?
Na verdade é o modelo capitalista que está reproduzido em nossas instituições: pessoas sendo valorizadas não pelo o que são, mas têm; são ordenadas não por vocação, mas por negociação. Nada diferente da gestão mundana de administrar as coisas.

Não tenho dúvidas: o Espírito de Deus se afastou da maioria das megaigrejas do Brasil.
Os líderes podem espernear; baterem na mesa: como no tempo de Jeremias Deus havia abandonado o Templo, o Espírito Santo saiu há muito das megas instituições chamadas: Igrejas.

Se foi; caiu fora!


O que nos resta a fazer?


A boa notícia é que nós somos o templo do Espírito Santo. O Templo não é a Assembleia de Deus. Não é a Presbiteriana. Não é a Batista. Não é a Católica Romana ou a Ortodoxa. O Espírito se volta não para instituições humanas, entretanto, para corações compungidos cheios de amor e e dispostos a estar dentro do programa de Jesus de Nazaré.
Neste tempo, no coração e na vida dos pastores, deve haver o mesmo Espírito de Jesus: priorizar pessoas; amar vidas; compartilhar o Evangelho aos pobres; os pobres devem ser a nossa prioridade. "Aos pobres é anunciado o Evangelho".

Infelizmente o modelo pastoral hoje posto inverteu o público alvo de Jesus: abandonou os pobres e priorizou às pessoas da alta sociedade. Estas têm um bom e vantajoso retorno: o dinheiro. Mas os pobres... Há os pobres...

Então qual é o modelo pastoral mais eficaz:

Se do ponto de vista humano, sem dúvida, é este que aí está e todos conhecem e o vivem intensamente.

Se do ponto de vista do Evangelho, tudo o que Jesus viveu e demonstrou nos Evangelhos: priorizar pessoas, não manipular vidas, não fazer proselitismo barato e apenas pregar o Evangelho na convicção de que o Espírito Santo se encarregará de convencer mentes e corações.

Paz e Bem!